A IMORTALIDADE DOS MITOS
Este é, talvez, um momento muitíssimo adequado ao exame desta questão da imortalidade dos mitos, de que muito se fala, e pouco se investiga. Mitos são crenças, fantasias – todos o sabemos. É fácil reconhecê-los quando se lhes dá o nome de “contos infantis”, a cuja narrativa as crianças ficam atentas e lhes dão credulidade total, típica do período de duração da infância. Depois, o amadurecimento emocional vai reprimindo a formulação mítica do pensamento, progressivamente substituída pela racionalidade das formulações adultas.
No entanto a repressão dos “contos da carochinha” não é tão integral quanto se pretende, e nem a capacidade mitopoética do ser humano se extingue.
As transformações sociais pelas quais a humanidade vem passando caminham na direção de se criarem regimes sociais que transitam das monarquias para as democracias, com as quais se pretende dar a cada cidadão o direito de voto e de eleição de uma organização política exeqüível ao livre exercício dessas práticas.
As monarquias eram exercidas por pessoas que se atribuíam ascendência divina, tolamente garantida pela cor azul de seu sangue. Esse era o mito que lhes garantia o reinado, a permanência eterna no posto e o poder absoluto. E todos criam.
A que se pode agora, no momento atual, atribuir os sonhos absolutistas de Chávez, que quer ser interminavelmente eleito e aspira aos mesmos poderes míticos de um rei, usando o nome do “Deus Bolívar” e o “sangue azul” do petróleo para justificar sua permanência eterna no poder?
Os mitos de uma volta à monarquia ganham novas roupagens e coloridos disfarces, que se pode perceber na Argentina, com a eleição continuista da esposa do ex-presidente e com arrepios na Colômbia, no Peru e no Brasil, onde Lula, todo dia jura que não quer. Na Rússia, Putin já foi bem claro.
O mito da eternidade no poder ganha no momento claras expressões, disfarçado de democracia – a que nitidamente atraiçoa. Aqui se vê, claramente, que o “retorno do reprimido” denuncia uma falsa resolução do que se pretende solucionar. Os mitos retornam por não terem jamais deixado de existir, ainda que reprimidos. As ideologias políticas carregam no seu bojo a mitologia ancestral que pensavam ter eliminado.
No entanto a repressão dos “contos da carochinha” não é tão integral quanto se pretende, e nem a capacidade mitopoética do ser humano se extingue.
As transformações sociais pelas quais a humanidade vem passando caminham na direção de se criarem regimes sociais que transitam das monarquias para as democracias, com as quais se pretende dar a cada cidadão o direito de voto e de eleição de uma organização política exeqüível ao livre exercício dessas práticas.
As monarquias eram exercidas por pessoas que se atribuíam ascendência divina, tolamente garantida pela cor azul de seu sangue. Esse era o mito que lhes garantia o reinado, a permanência eterna no posto e o poder absoluto. E todos criam.
A que se pode agora, no momento atual, atribuir os sonhos absolutistas de Chávez, que quer ser interminavelmente eleito e aspira aos mesmos poderes míticos de um rei, usando o nome do “Deus Bolívar” e o “sangue azul” do petróleo para justificar sua permanência eterna no poder?
Os mitos de uma volta à monarquia ganham novas roupagens e coloridos disfarces, que se pode perceber na Argentina, com a eleição continuista da esposa do ex-presidente e com arrepios na Colômbia, no Peru e no Brasil, onde Lula, todo dia jura que não quer. Na Rússia, Putin já foi bem claro.
O mito da eternidade no poder ganha no momento claras expressões, disfarçado de democracia – a que nitidamente atraiçoa. Aqui se vê, claramente, que o “retorno do reprimido” denuncia uma falsa resolução do que se pretende solucionar. Os mitos retornam por não terem jamais deixado de existir, ainda que reprimidos. As ideologias políticas carregam no seu bojo a mitologia ancestral que pensavam ter eliminado.
About: Waldemar Zusman
Site: Vértice Psicanalítico