12 agosto, 2006

O HOLOCAUSTO VEM AÍ ...



Quem acompanha toda esta movimentação bélica que sacode o Oriente Médio e se espalha pelo mundo, não pode, em certos momentos, deixar de se inquietar pelo temor de que a guerra se espraie. Nem pode deixar também de se recordar que esta história de acabar com Israel e/ou com o povo judeu, já fazia parte do discurso nazista e agora se re-apresenta na fala do presidente do Iran e nos discursos do líder do Hesbollah somando-se também ao coro do esquerdismo e do anti-americanismo internacionais.
A seguida repetição de que os judeus matam crianças e mulheres indefesas, isto é, de que são cruéis, evoca as idênticas acusações que eram feitas na tão famosa, quanto apócrifa publicação: Os Protocolos dos Sábios de Sion, de triste memória.
O anti-semitismo ganha, agora, um reforço mundial, o que faz também relembrar a leniência de todas as nações que nada fizeram para salvar os judeus do extermínio em campos de concentração, de cuja existência se sabia, antes da tragédia consumada.
A semelhança, que agora se desenha bem nítida entre o nazismo e o Islamismo, leva ao temor de que comecem a soprar mais fortes os ventos de um novo holocausto. O presidente do Iran já sugeriu que afogar todos os judeus no mar seria uma boa "solução final". Já se falava disso na guerra que reuniu vários paises árabes, logo após a criação do Estado de Israel. A memória do velho holocausto está dando as mãos ao desejo de um novo holocausto.
Quando memória (passado) e desejo (futuro) se abraçam com esta intensidade, o presente vai pro brejo. Amarrado no passado, o futuro não passa de uma repetição.
O "eterno retorno" de Nietsche, essa estória de que tudo se repete, é a suprema lei da barbárie. A civilização já substituiu o jugo do passado pelas brisas libertadoras do progresso. Israel tem lutado e vem lutando por esse progresso.

1 Comments:

Blogger Sujeito Oculto said...

Felizmente os judeus têm hoje uma grande capacidade de defesa (e ataque). Como disse Olmert, não adianta esperar que os outros defendam Israel. O próprio país deve se proteger sem se importar tanto com a opinião pública externa.

7:11 PM  

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